DANÇA DOS QUILOMBOS
A LENDA DO MACULELÊ
Sua origem, porém, como ocorre em relação a todas as manifestações folclóricas de matriz africana, é obscura e desconhecida. Acredita-se que seja um ato popular de origem africana que teria florescido no século XVIII nos canaviais de Santo Amaro, e que passara a integrar as comemorações locais. Há quem sustente, no entanto, que o Maculelê tem também raízes indígenas, sendo então de origem afro-indígena.
Conta à lenda que a encenação do Maculelê baseia-se em um episódio épico ocorrido numa aldeia primitiva do reino de Iorubá, em que certas vezes saíram todos juntos os guerreiros para caçar, permanecendo na aldeia apenas uns poucos homens, na maioria idosos, junto das mulheres e crianças. Disso aproveitou-se uma tribo inimiga para atacar, com maior número de guerreiros.
Os homens remanescentes da aldeia, liderados pelo guerreiro de nome Maculelê, teriam então se armado de curtos bastões de pau e enfrentado os invasores, demonstrando tanta coragem que conseguiram pô-los em debandada. Quando retornaram os outros guerreiros, tomaram conhecimento do ocorrido e promoveram grande festa, na qual Maculelê e seus companheiros demonstraram a forma pela qual combateram os invasores. O episódio passou então a ser comemorado freqüentemente pelos membros da tribo, enriquecido com música característica e movimentos corporais peculiares. A dança seria assim uma homenagem à coragem daqueles bravos guerreiros.
MACULELÊ
Todo dia 2 de fevereiro é dia de Maculelê em Santo Amaro da Purificação, Recôncavo baiano. Segundo Maria Mutti (1978), o Maculelê é uma mistura de dança e luta de origem negra e escrava e tem em Santo Amaro o seu reduto e em mestre Popó o único mestre conhecido.
Vários estudiosos contestam a sua origem achando alguns que se trata de uma dança indígena, outros de luta negra.
Mestre Popó, mais antigo lutador de Maculelê reconhecido popularmente, diz que o Maculelê chegou da costa da África junto aos escravos, até os engenhos de Santo Amaro. Era uma mistura de luta e dança, defesa e ataque misturados aos cantos negros que disfarçavam a luta. Uma forma de treinar a luta sem despertar a desconfiança dos feitores, que só enxergavam a dança.
Para o Maculelê são usados três tambores (atabaques), agogô e ganzá que produzem o ritmo negro da dança. Um par de bastões é usado por cada lutador e único pelo chefe, todos feitos de madeira polida. Cada integrante usa uma gurita na cabeça (touca de ponta), lenço no pescoço, camisa comum ao estilo africano, calça igual e pés descalços. Usam o rosto muito pintado de negro com a boca exageradamente vermelha e cabelos brancos de farinha de trigo.
A dança é composta de leves volteios e um levantar de pés sincronizados às batidas dos bastões . Entre as músicas que acompanham, poucas são aquelas usadas nas senzalas que eram cantadas em línguas africanas. Muitas foram criadas em Santo Amaro pelos filhos e seguidores de mestre Popó. Cada uma delas tem um significado e um objetivo Há música para sair às ruas, para a chegada ao local da apresentação, para saudação a Princesa Isabel pela libertação dos escravos, para Virgem Santa, par recolher doações chamada Ritual do Vaqueiro e aquela que tornou-se a que mais caracteriza o Maculelê: “sou eu, sou eu, sou eu Maculelê, sou eu…”.
Fonte: http://capoeirars.en.eresmas.net
DANÇA DO FOGO
Ao ritmo contagiante dos atabaques os guerreiros demonstram total domínio sobre o elemento de Xangô - O FOGO.
Com movimentos unidos ao brilho das tochas os dançarinos desafiam tal elemento extraindo dele seu poder e força mística.
DANÇA GUERREIRA
Dança com lanças e escudos, onde os guerreiros, numa combinação de movimentos plásticos e agressivos fazem saudações aos deuses africanos e representam ataques correspondentes à sua dança de guerra.
PUXADA DE REDE
Mantida em poucas praias do litoral baiano, a Puxada de Rede é uma importante manifestação folclórica do estado com traços da cultura negra africana. Ela permite a integração entre os pescadores e a preservação de traços africanos na cultura do povo que vive do mar, já que toda a atividade da pesca realizada é acompanhada de danças, mímicas, poesias e cantos dos pescadores africanos trazidos para o Brasil.
A Puxada de Rede acontece entre outubro e abril, época em que os peixes procuram as águas quentes e rasas do litoral nordestino. Nessa época a pesca é realizada na beira da praia com uma gigantesca rede de arrasto e não em alto amor, como de costume. A armação e a puxada da rede são comuns em praias como Armação, Chega Nego e Carimbamba.
A grande rede usada leva ate mil metros de corda e cinco meses de trabalho para ficar pronta. Para manipulá-la são necessários 63 homens, 1 chefe , 1 mestre de terra , 1 mestre de mar, 20 catadores, 20 homens do mar e 20 homens da terra. A rede aberta liga barcos em círculo na água e homens na terra que, assim que encontram peixe puxam a rede à praia.
Cantos simples são repetidos como aqueles cantados pelos antepassados negros e alguns até se referem à terra de origem como Aruanda. A última canção entoada é sempre o canto de saudação à rainha do mar em agradecimento pelo sucesso da puxada.
Fonte: www.visiteabahia.com.br
SAMBA DE RODA
O Samba de Roda começou, provavelmente nos tempos da colonização, quando os negros, na sua primeira pausa para descanso, dançavam a moda da sua terra.
O ritmo contagiante do samba marcado por palmas e passos excitantes fez com que, aos poucos, o samba saísse da senzala e fosse para as ruas e até para a casa dos brancos.
Hoje, o Samba de Roda é freqüente nos mais diversos festejos baianos como o carnaval, por exemplo.
A dança do samba de roda em si é considerada simples, mas é preciso muito “molejo” para realizar com os pés ou passos marcados com as mãos. Existem passos específicos da roda que representam diversas atividades do cotidiano, como, por exemplo, o corta jaca paço no qual o sambista representa com os pés o ato de cortar uma jaca, retirar o “visgo” e recolher o caroço. Cada ação é representada por um conjunto específico de movimentos sempre marcados pelas palmas dos outros sambistas. Outros exemplos são o miudinho, amarrado, barra-vento e sapateado.
A dança acontece quando ao som de samba forma-se uma roda com um sambista ao centro que apresenta sua ginga, dançando por algum tempo. Logo, ele desafia um componente da roda com um sinal como a umbigada ou um simples aperto de mão, que toma o seu lugar no meio da roda. Tudo transcorre ao som de marimbas, viola pandeiros, ganzás, atabaques, berimbaus e outros instrumentos de percussão. Mas, o samba não deixa de acontecer por falta de instrumentos, pois o improviso é muito freqüente e até mais original.
Na falta de instrumentos, facas arranham a borda de pratos, colheres são batidas como castanholas, pentes e papeeis são soprados e tampas de panelas são batidas com as pontas dos dedos, enquanto o tirador lança frases simples que são cantadas repetidamente.
O Samba de Roda é uma tradição em cidades como Cachoeira, Candeias, Santo Amaro, Muritiba e outras
3 comentários:
oi rafael o blog do grupo esta mil mim orgulho de poder falar que sou negra raiz vc esta de parabens contenui assim brihando cada vez mais atenciosamente de sua eterna aluna laina,fica com deus.
prabéns pelo trabalho, esta prosperando cada vez mais!!!!!!!!!
bela divulgaçao, foi um assunto muito interessante
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